terça-feira, 27 de novembro de 2012

1º Festival Enogastronômico de Sete Lagoas.









Fotos: Quin Drummond




Há anos, desde que retornei para Sete Lagoas e ingressei na área de gastronomia do SENAC, que sonho em fazer um festival de gastronomia em Sete lagoas.
Ano passado elaborei o projeto. Foram dias e noites em claro, pesquisando e escrevendo mil rascunhos para tentar organizar da melhor maneira possível um festival. O meu sonho antigo foi ganhando corpo e forma. Abdiquei de muitas coisas (trabalho, lazer e família) para conseguir organizar e planejar todas as minhas experiências, ideias e conteúdos que vinham guardando ao longo de 10 anos de profissão.
Não foi fácil, a logística de um projeto como este tem que ser minuciosamente pensada. Algumas vezes pensei em desistir, pensei que era loucura querer ser a idealizadora de evento desse porte, mas cada linha escrita, cada ideia que eu conseguia encaixar no meu projeto era imensamente prazeroso. O projeto estava totalmente pronto no final de 2011, resultou em mais de 20 páginas.
Porém quando era para eu dar o segundo passo, o mais difícil e importante que era vender a minha ideia, fracassei. Não fui adiante, tive medo, dúvidas e insegurança.
Talvez por falta de forças, conhecimentos pessoal ou medo, meu projeto ficou de lado. Tinha corpo, forma mais não soube dar alma a ele.
Doeu, mas a vida segue e outros projetos vieram e o FESTIGASTRÔ (este é o nome do meu filhinho) ficou perdido em um blog.
Este ano, para minha grata surpresa juntaram se forças conhecimento, competência organizacional (leia-se Wagner Augusto, TulioThales ,Evandro, Kaili Oliveira médica e somelier, Henrique Burd chef de cozinha e Celênia Tavares) e coragem, muita coragem de toda equipe e fizeram o primeiro festival Enogastronômico de Sete Lagoas.
Não é o meu projeto, não são minhas idéias mais é a enogastronomia, uma das minhas amadas vertentes dentro da culinária, sendo mostrado e explorada de alguma forma por mãos e mentes competentes.
Isto me envolve e emociona de verdade, como profissional, como setelagoana e claro como jurada.

Como profissional, talvez a equipe organizadora não tenham a mínima idéia como isto foi marcante e revolucionário para mim. Por isto das minhas primeiras linhas neste texto, para expressar claramente a minha paixão pela culinária e agradecer por este banho de encojoramento para encarar meus sonhos e não deixa-los apenas no papel e coração.
Reverencio cada um dos membros da equipe organizadora
(Wagner, Tulio, Evandro, Kaili, Henrique e Celênia)que mostrou na prática que muitas vezes ,é preciso colocar a cara para bater por um sonho.
Aplaudo todos os restaurantes participantes (Vila Bistrô, A Francesinha, Pizzaria Terraço, Quintal Zero Três, Japinha Sushi Bar, Iceberg, Maquiné Park Hotel e Pimenta Rosa/Carnes e Afins)
Foi notório a busca de aperfeiçoamento dos profissionais envolvidos, da preocupação de melhorias dos proprietários e gerentes das casas envolvidas em vários seguimentos, da diversidade apresentada dos pratos harmonizados com vinhos e é claro a da busca por um diferencial..
Aplaudo também, e de pé os patrocinadores e parceiros do 1º Festival Enogastronômico de Sete lagoas que financeiramente ajudaram ser viável este grande evento(Supermercados Santa Helena, Mássima Alimentação, DelItália e Vinícola Santa Augusta, Sofia Chamon Buffet, Quin Drummond Fotografias, Regino Festas, Flores da Serra, Confraria Di Vinum, Sanzordi Eventos e Prefeitura de Sete Lagoas)

Como Setelagoana sentir-me satisfeitíssima, por alguém esta desbravando este nicho cheio de possibilidades em nossa cidade.  Acredito que turismo e gastronomia andam lado a lado e de mãos dadas para ser mais exata.
A culinária é um patrimônio cultural que deve ser preservado e mostrado. E este foi o ponto a pé inicial para que Sete Lagoas comece a mostrar sua cara, sua “Identidade Gastronômica “.
Certamente vários são os reflexos positivos gerados durante e depois por este festival, os restaurantes participantes são prova viva disto.
E vou mais além, acredito que até os restaurantes que por algum motivo não puderam participar da primeira edição, já estão se movimentando (devido ao grande sucesso e repercussão do evento) buscando melhorias para alcançar o mesmo patamar alcançado por aqueles participantes que souberam absorver todas as valiosas lições dadas pela nossa brilhante sommelier Kaili Oliveira e tão quanto brilhante Henrique Burd, chef de cozinha.

Como jurada sentir prestigiadíssima por ser escolhida, pois sei que a escolha foi a dedo. Foi uma honra ser convidada  para este grupo tão eclético e gostoso, que a comissão organizadora formou.
Faço das palavras da nossa querida Poliana Aguiar, minhas também.
“Nada harmonizou melhor do que os jurados “.
Foram dias incríveis, engraçados e claro deliciosos.
Conhecia pessoalmente poucas pessoas do time, mas isto não foi empecilho nenhum para sentir-me tão à vontade.
Obrigada aos queridos e novos amigos por me receber tão bem.
O interessante, é que muitas vezes nossas opiniões se divergiam mais eram discutidas democraticamente sem ninguém querer sobressair mais do que o outro ou ser o dono da razão. Na mesa os conhecimentos e as experiências culturais e gastronômicas de cada um se misturavam formando um delicioso caldeirão de opiniões.
Fomos orientados pelo organizadores para sermos o mais imparcial possível e julgarmos com consciência, técnica e coração.
Independente se gostarmos ou não de um determinado ingrediente o importante era  procuramos a alma de cada prato, de todos os vinhos e o e de cada harmonização.
Julgamos também os serviços de garçons, os talheres e louças oferecidas, ou seja, o conjunto da obra.
Para os garçons fica aqui meus sinceros comprimentos, víamos os esforços para apresentar um serviço correto e perfeito, vimos também o nervosismos de muitos na hora das devidas explicações de pratos e vinhos, que, aliás, tinha seu charme.
Em alguns restaurantes o serviço de apresentação foi feito pelos proprietários participantes que também é claro merecem com louvor nossos comprimentos.
Aos chefs, cozinheiras e auxiliares (queridos companheiros de profissão) parabéns por elevar o nosso reconhecimento profissional. Através das suas criações e produções, proporcionaram experiência marcante muitas vezes nos tirando de orbita a cada degustação.

Dizer que tudo foi perfeito, que nada deu errado, estaria sendo hipócrita como jurada e profissional. Mas quem esperava isto?
Só quem trabalha em uma cozinha sabe como é fácil as coisas desandarem em momentos importantíssimos.
É com conhecimento de causa, que digo que a culinária não é e nunca vai ser uma ciência exata. Muitas vezes as coisas não acontecem da forma esperada.
Não existe receita, chef ou mágica capaz de fazê-la dar 100% certo sempre, principalmente quando é algo diferente fora da nossa zona de conforto.
Eu repito e acrescento, não esperava e nem queria que tudo fosse perfeito( sem demagogia eu juro).
Se a perfeição tivesse sido alcançado neste primeiro ano, seria chato e monótono, até inviável  a comissão realizar as próximas edições do festival Enogastronômico de Sete Lagoas.
Enquanto nos comensais tivermos expectativas e enquanto a comissão organizadora tiver vontade e força de se superarem existirá o festival.

Quem venha o 2ºFestival Enogastronomico de Sete Lagoas.
Que fique no nosso calendário anual.

Parabéns a todos que idealizaram e organizaram o evento.
Parabéns a nossa ilustre e premiada doutora e sommelier Kaili Oliveira, pela competência ,humildade, generosidade, doação e vontade de dividir sua paixão e cultura enogastronômicas adquirida mundo afora .
Parabéns ao site setelagoas.com. br, pela criação e cobertura deste evento..
Parabéns ao Quin Drummond, fotógrafo oficial que eternizou vários momentos.
Parabéns a todas as empresas que patrocinaram e apoiaram.
Parabéns aos participantes da confraria Di Vinun, em especial ao presidente  doutor Alessandro Araújo Campolina que anos atrás deu os primeiros passos para esta virada enogastronômicas em nossa cidade .
Parabéns as proprietários e funcionários participantes pelo empenho e dedicação.
Parabéns ao corpo de jurados pela “árdua tarefa alcançada”
Parabéns aos setelagoanos e turistas que acompanharam e souberem abraçar este evento.
Parabéns é claro, aos pratos e vinhos peças chaves, protagonistas desta história de sucesso, que se iniciou este ano em nossa cidade, o qual o título é Festival Enogastronômico. Não percam os próximos capítulos. Será delicioso,pode apostar.


Observação:
A festa de encerramento será o dia 14/12/2012, aberto ao público no qual será feita vendas de ingresso. Será nesta dia , que conheceremos o grande vencedor. Estou no aguardo.
Quem ainda não teve a oportunidade de fazer um tour pelas casas participantes ainda está em tempo. Só encerrou a votação dos jurados, mas os pratos continuam no cardápio.


Maria Cristina de Paula Baptista
Setelagoana, chef de cozinha.





sábado, 24 de novembro de 2012

Bolo de milho
Ontem eu e minha chefinha (Maria Clara) resolvemos fazer um bolo de milho, preferência do avô Toninho dela.
Esta receita é facílima de fazer, pois é só bater todos os ingredientes no liquidificador, porém demora assar, pois é assado em banho-maria.
Garanto é bem válida a espera, ficou uma delícia.
 O bolo acabou de assar já era quase meia noite, pois começamos tarde, mais veio todo mundo comer. E aprovaram é claro.
Minha chefinha fica toda prosa se achando...
O meu pai diz sempre que o sabor fica igual de uma pamonha, e pior, ou melhor dizendo, fica mesmo.
Estou até pensado mudar o nome de Bolo Pamonha. Será?
Vamos fazer um acordo. Você faz a receita ai na sua casa ,experimenta e me diz se é merecido mudar o nome. Se realmente faz jus ao novo nome..
Observação: Quando ligo o forno, dificilmente faço só uma receita, (principalmente se for fim de semana), então eu e minha chefinha trabalhamos e produzimos pudim de leite condensado e pudim de pão. Já posto logo as receitas. Ok?

Chega de papo e vamos para a receita.

Ingredientes:   

  • 4 ovos
  •  200 gr de milho verde em conserva, escorrido(1 lata pequena).
  • 150 gr de fubá ((10 colheres de sopa)
  •  60 gr de farinha de trigo (4 colheres de sopa)
  • 240 ml de leite (1 xícara de chá)
  • 200 ml de leite de coco
  • 100 gr de queijo minas meia cura(1 fatia grossa)
  • 200 gr de açúcar (1 xicara de chá) 
  •  1 lata de leite condensado (395 ml)
  •  15 gr de fermento químico em pó (1 colher de sopa
 Modo de fazer:

  • Coloque todos os ingredientes (menos o fermento) no liquidificador e bata por 3 minutinhos. Acrescente o fermento. Dê uma leve pulsada na massa no liquidificador
  • Unte com manteiga uma forma redonda com furo central de 30 de diâmetro, polvilhe com farinha e despeje a massa
  • Leve para assar em banho-maria por aproximadamente 90 minutos.
  • Quando estiver pronto, deixe esfriar antes de desenformar.
Observações: Se seu liquidificar é pequeno aconselho bater de duas vezes.
Bata a metade da massa e coloque em uma bacia, bata a outra metade e misture bem as duas partes.





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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Baba ao Rum

  A bola da vez .


Como sabemos ,novelas sempre laçam modas, influenciando bastante a sociedade brasileira em vários quesitos. Roupas, acessórios, decoração, vocabulário ou gastronomia, sempre há uma novidade ditada por personagens e copiada por Brasil a fora.
Algumas coisas realmente são novidades, já outras, somente são pouco conhecidas do grande público. É o caso da sobremesa Baba ao Rum a bola da fez, que faz a alegria da família do Tufão personagem vivida pelo autor Murilo Benicio na novela Avenida Brasil.
A sobremesa ganhou status de iguaria e atiçou a curiosidade de muitos, querendo conhecer um pouco mais desta simples e deliciosa sobremesa.
O Baba ao Rum é uma sobremesa tradicional francesa de origem controvérsia ,criada no seculo XVII que consiste em um bolinho de massa fermentada, aromatizado com calda de rum e especiarias.
Anos mais tarde a Baba ao Rum ganhou uma nova releituta feita por Brillat -Savarin,ganhando o nome de Savarin.
O Savarim de hoje é feito em forma de bolo grande com furo central,recheado com chantilly e decorado com frutas aromatizadas.









 Baba ao Rum                                                  












                                                           Savarin



Curiosidade:
Baba ao Rum foi a ultima refeição escolhida  pela rainha francesa 
 Maria Antonieta, no século XVII antes de ir para guilhotina.